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Somos o "Projeto Tempo de Aprender", pertencemos ao Programa Lext-Oesste (Laboratório de Extensão-organização de experiências em Serviço Social, Trabalho e Educação). O Programa compõe a extensão Universitária da Universidade Castelo Branco - UCB, situada no bairro de Realengo - Rio de Janeiro/RJ. Somos o grupo da 3ª idade e acreditamos que o aprender está na troca de experiências e não se limita a um determinado tempo, pois é um movimento constante em nossas vidas. Esperamos que apreciem nosso blog com carinho, nele encontrarão um pouco do que realizamos no decorrer de nossas atividades a cada semestre, a cada aprendizado. Seja Bem Vindo(a)! Gratos!

terça-feira, 12 de abril de 2011

ESCULTURAS DA GRECIA ANTIGA

O Período Arcaico (c. 600-500 a.C.) foi definido por uma progressiva urbanização da Grécia, com o crescimento do comércio e o estabelecimento das primeiras grandes cidades com sua aristocracia enriquecida. Com isso se desenvolve também a arquitetura, e com ela a decoração escultórica monumental, e o mármore desloca a cerâmica como o material de eleição, especialmente para as obras importantes. A cultura florescia nas cortes dos tiranos, e ali se cristalizou um corpo de conceitos éticos e educativos que teriam reflexo na arte: a paideia (παιδεία), significando um processo de educação completa e integral que almejava a formação de um cidadão exemplar apto para assumir qualquer função na sociedade, inclusive o governo supremo. A paideia envolvia conceitos correlatos como a aretê (ἀρετή), um conjunto de concepções a respeito da nobreza de caráter e aptidão física e militar; a kalokagathia (καλοκαγαθία), um ideal de equilíbrio perfeito entre as virtudes físicas e morais associando beleza com bondade, e a sophrosine (σωφροσύνη), um ideal de autocontrole, disciplina e moderação.[7]
Tais conceitos são expressos na escultura através da desenvoltura técnica recentemente conquistada pelos artífices, e se torna aparente no porte majestoso e na atitude de inabalável confiança e altivez mostrada pelos kouroi deste período. Seu desenho ainda era resumido às feições essenciais, mas sinais de uma observação mais atenta da anatomia se mostravam no progressivo detalhamento da musculatura e da estrutura subjacente do esqueleto, com um modelado com maior profundidade e uma sugestão de movimento real. No caso das jovens, as korai, observa-se uma variedade maior de atitudes e nos padrões do drapeado das vestes. A frontalidade permanece como o cânone oficial, e desvios desta regra são raros e podem ser atribuídos a necessidades específicas da peça, como a cabeça em 3/4, no caso famoso do Cavaleiro Rampin, já que a cabeça do cavalo poderia impedir a visualização adequada do rosto do cavaleiro, ou quando a figura carrega algum objeto, como no Moscóforo do mesmo museu, ou quando se trata de uma esfinge a ser vista lateralmente, quando a posição da cabeça pode ser encontrada em ângulo reto em relação ao corpo.
Neste período percebe-se uma divisão em duas tendências estilísticas, uma ainda sob influência síria, com um centro produtor principal em Samos, e outra mais apegada ao estilo egípcio, com seu centro na Ática. Começam a ser registrados alguns nomes de escultores importantes, como Aristokles de Sidônia, Kanacos de Sikyona e Hegias de Atenas, aparece o chamado sorriso arcaico nas estátuas, e o corpo humano firma-se então definitivamente como objeto e assunto principal da arte grega. Um dos tipos principais de escultura, o kouros, era sempre nu, e no período Arcaico ele era ainda mais nu do que durante a fase Dedálica, quando muitas vezes o jovem portava um cinturão. Assim, os problemas de representação anatômica não mais poderiam ser ignorados, e nota-se maior atenção à observação do natural, embora as formas ainda devessem se encaixar no esquema geral idealizado.[8]
Por volta do fim do século VI a.C. o detalhamento nas formas corporais havia chegado a um grau avançado, o esquema da frontalidade já não se adequava ao naturalismo anatômico conquistado, e as figuras adquirem movimento, embora ainda com certa rigidez. Nos relevos o progresso é evidenciado pelo surgimento da lateralização do tronco e da cabeça, na criação de grupos de figuras em sobreposição parcial, e no modelado que adquire maior profundidade. As figuras de monstros mitológicos se tornam mais raras e nos animais é privilegiado o cavalo, e em menor grau o leão e a esfinge. Também surgem os primeiros exemplos de escultura ornamental nos edifícios, tipificada pelos grupos instalados nos frontões dos templos, sendo os mais antigos os do templo de Ártemis em Corfu. Outro exemplo monumental, já com significativo avanço na flexibilização das figuras é a Gigantomaquia criada por Endoios para o frontão do templo Arcaico dedicado a Atena erguido na Acrópole de Atenas por volta de 525 a.C. [8]
No Período Arcaico começa a difusão da estatuária grega pelas colônias na Magna Grécia e nas áreas orientais do Mediterrâneo, influenciando as culturas estrangeiras em contato com elas, como a etrusca, a cipriota, a fenícia e mesmo a síria, que antes havia inseminado a própria Grécia. Elementos do estilo Arcaico conheceram momentos de ressurgência até mesmo durante as fases Clássica e Helenística, e na arte romana algumas escolas demonstraram um apreciável interesse pelo arcaísmo em sínteses ecléticas.[

Nelson 12-04-2011                                                                                                                        copiado do google9]

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